Sabia... ele não tem carro. Pensei. Tenho a sina de carregar todos os homens por quem me apaixono para cima e para baixo. Tudo bem, por ele tudo bem.
- Sabe, como eu já te falei, sou carioca. Estou aqui há poucos dias e logo voltarei para o Rio. Por isso achei que não valia a pena vir de carro. Mas, se você preferir posso chamar um táxi. Estou hospedado na casa de um amigo, aquele do bar... lembra? Pensei que talvez pudéssemos ir para um hotel que tem lá perto. O que você acha?
- Claro. – Respondi. E pela primeira vez na minha vida, percebi que não estava jogando e sim fazendo o que meu corpo e todos os meus sentidos queriam... ELE.
Sem pensar no que ele poderia achar de mim, entramos no meu carro e, ao invés de ir ao hotel que ele havia indicado, levei-o para minha casa.
- Pra onde você tá me levando?! – Ele falou com um sorrisinho malicioso.
- Para a minha casa. – Respondi com convicção, de forma segura e decidida. Eu estava fazendo tudo que queria sem pensar nas conseqüências, sem pensar no depois.
Chegamos rapidamente na minha casa e eu estava saboreando cada segundo ao lado daquele homem perfeito. O que mais me encantava nele, pode parecer estranho já que ele tem o corpo bronzeado, o sorriso e os olhos mais lindos que eu já vi, mas o que realmente me atraiu, desde o primeiro momento foi seu sotaque. Sua voz rouca, seu jeitinho carioca de falar me provocavam demais.
- O que você prefere beber? Cerveja, vodka, vinho... Ou quer continuar no whisky?
- Whisky... pode ser.
Servi dois copos de whisky com energético, pois com certeza iríamos precisar de muuuita energia naquela noite.
Entramos numa conversa gostosa sobre coisas sem importância, ouvindo músicas bem sugestivas. Passado algum tempo (o suficiente para que a conversa não ficasse longa demais), ele deu o primeiro passo. Estávamos sentados no mesmo sofá, um de frente para o outro, de forma confortável. Eu estava com as pernas cruzadas em cima do sofá. Ele foi se aproximando me deu um beijo leve, que durou pouco, pois logo em seguida puxou minhas pernas ao redor de sua cintura, me abraçando com força e me beijando com desejo. Tirou minha blusa lentamente, beijando cada milímetro do meu corpo. Eu estava totalmente à vontade, sem preocupações ou complexos. Queria me entregar a ele. Queria que ele visse e beijasse todo meu corpo. Queria que ele me desejasse. E foi assim. Bem assim. Entramos num ritmo único, como se fôssemos uma mesma batida. Ele, cuidadoso, sexy, forte... na medida. Falando coisas que pareceriam absurdas aos ouvidos dos outros, mas que davam vida ao meu lado mais promíscuo. Eu estava totalmente envolvida, totalmente entregue.
E assim passamos a noite. Envolvidos, enlaçados, enrolados. O cheiro, a pele, o gosto, o suor. Tudo levava a mais uma vez... e mais uma vez, sem parar. Sala, quarto, banheiro e até cozinha. Pausa para um copo d’água. Começa tudo de novo. Já era dia quando ele me puxou levemente para deitar em seu peito. Passava sua mão imensa nos meus cabelos com ternura. Beijou minha testa e disse:
- Nossa. Você é perfeita.
Dei um leve sorriso e agradeci.
- Eu quero você pra sempre. Só que tem um problema.
Sabia. Tenho certeza que é casado. Merda. Pensei, sentindo um frio na barriga.
- Semana que vem tenho que voltar pro Rio. Você precisa ir comigo.